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Archive for maio \15\+00:00 2010

Quando eu morava em Minas e alguém falava em rodízio, eu logo pensava em pizza. Mas em São Paulo é diferente, o que mais vem em pauta sobre essa palavra é o rodízio de automóveis. Todos conhecem a dinâmica, em algum dia da semana, dependendo do último número da placa do seu carro, você não pode transitar com seu veículo das 7h às 10h e das 17h às 20h. Essa foi a solução encontrada para minimizar os efeitos do exagero de automóveis na capital paulista.

Até aí tá. Mas pelo que eu entendia dessa medida, a ideia era que, no dia em que o carro do cidadão não pudesse circular, ele deveria ir trabalhar a pé, de metrô ou de ônibus. Mas ao invés disso, muitas empresas liberam o funcionário para que ele chegue depois das 10h, já que é dia do rodízio. Não falo de todas as empresas, mas pelo menos na que trabalhei e onde trabalham alguns amigos. E o que me revoltava era o seguinte: e eu que não tenho carro??  Se sou a única que tem que enfrentar o desconforto do transporte público, contribuir para o meio ambiente e para a redução da superlotação automobilística, por que não posso ter um dia de descanso prolongado?

A justificativa do outro lado vem de que quem foi de carro tem que ficar até às 20h, e compensa o turno. Fato. Mas é mais comum eu ter que ficar até as 20h, mesmo tendo chegado cedo, do que poder chegar tarde sem cara feia do chefe. Então vamos lá, direitos iguais. Ou o motorista segue o intuito inicial da regra e pega um ônibus, ou a empresa decreta que todo funcionário pode, facultativamente, chegar às 11h em algum dia da semana. Não seria mais justo?

Pra ser bem honesta, se houvesse essa opção, eu nem sei se realmente escolheria chegar tarde para sair igualmente tarde. Mas apenas a sensação de direitos iguais já me serviria de consolo. ;o)

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